Diferentemente do que muitos pensam, o desencarne por doença, em alguns casos, é uma benção, que auxilia ao espírito repensar sua vida, perdoar e pedir para ser perdoado, ocorrendo até reconciliação entre desafetos.
Existem também espíritos que expurgam suas energias deletérias durante o período que fica hospitalizado, limpando seu organismo perispiritual das toxinas adquiridas pelo vício ou desregramento.
Impossibilitado de exercer seu vício ou desregramento, as energias deletérias que estavam aderidadas ao veículo etérico e astral são drenadas e se o espírito sabe aproveitar esses momentos finais para se reequilibrar, ele parte para o plano espiritual sem ter que expurgar as energias deletérias em zonas inferiores do Plano Astral.
Contudo, nada adianta se o paciente passa todo o tempo final da sua vida em estado de revolta e agonia, aliás, ele pode nesse caso piorar a sua situação.
Retiramos o trecho abaixo do livro Missionários da Luz, de Francisco Cândido Xavier:
" ... Raramente os companheiros encarnados, quando em excelentes condições de saúde física, podem compreender as aflições dos enfermos em posição desesperadora ou dos moribundos prestes a partir. Nós outros, porém, no quadro de realidades mais fortes, sabemos que, muitas vezes, é possível efetuar realizações deveras sublimes, de natureza espiritual, em poucos dias, nessas circunstâncias, depois de largos anos de atividades inúteis. No leito da morte, as criaturas são mais humanas e mais dóceis. Dir-se-ia que a moléstia intransigente
enfraquece os instintos mais baixos, atenua as labaredas mais vivas das paixões inferiores, desanimaliza a alma, abrindo-lhe, em torno, interstícios abençoados por onde penetra infinita luz. E a dor vai derrubando as pesadas muralhas da indiferença, do egoísmo cristalizado e do amor-próprio excessivo. Então, é possível o grande entendimento. Lições admiráveis felicitam a criatura que,
palidamente embora, percebe a grandeza da herança divina. Acentua-se-lhe o heroísmo e gravam-se-lhe no coração, para sempre, mensagens vivas de amor e sabedoria. Na noite espessa da agonia começa a brilhar a aurora da vida eterna. E aos seus clarões indistintos, nossos princípios são facilmente aceitos, a sensibilidade demonstra características sublimes e a luz imortal lança fontes de infinito poder nos recessos do espírito."
O desencarne por doenças faz com que amigos e familiares partilhem do sofrimento do agonizante e estes por sua vez, “magnetizam” o ambiente do doente com energias que o “ajudam” a continuar vivo. Esse tipo de apego atrapalha a equipe espiritual responsável pelo desenlace. É por esse motivo que muitos instrutores espirituais insuflam energias no paciente para que ele tenha uma “falsa” melhora, atenuando o ambiente carregado e permitindo a muitos que fazem a vigília o descanso.
Vibremos pelo agonizante nas vibrações puras da fé no Criador, que ao buscar um filho querido não traz o sofrimento e sim a libertação.
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