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O todo invisível

Era uma vez um homem muito doente, que começava a vislumbrar o princípio do fim. O infeliz senhor, mal suportando o peso da terceira idade - tinha então pouco mais de 60 anos, sofria de um mal incurável que afetava sua garganta, dificultando a respiração e impedindo-o de se alimentar a ponto de já não conseguir engolir sequer a própria saliva.


 Assim ele foi definhando, definhando, enquanto os sábios reunidos sacudiam a cabeça num sinal de reprovação e cochichavam baixinho entre si, discutindo se aquele era ou não um caso perdido. 


Devido à idade e ao estágio avançado da doença, consideravam, talvez nenhum remédio resultasse eficaz. Optaram então por um tratamento paliativo que apenas minimizasse um pouco a sua dor. Mas havia entre todos um cientista teimoso, que resolveu deixar de lado a tradição e tentar alguma coisa que pudesse proporcionar algo mais que um simples alívio. 


Acompanhado por sua fiel assistente, esse obstinado cientista, que via naquele homem não apenas um corpo sofrido, mas uma alma em busca de conforto, resolveu usar 'magia' para reverter a situação. Assim, ele propôs ao infeliz que imaginasse sua doença sendo atacada e vencida por milhares de células brancas. O velho, que sabia ter ainda muitas coisas por realizar nesta vida, começou a usar aquela fórmula mágica, somando à força do seu pensamento o desejo do seu coração.


 Após algum tempo, curou-se daquele mal e assim viveu feliz por muitos e muitos anos..." Parece um antigo conto de fadas, mas trata-se de um caso real, acontecido no começo da década de 70. Seus protagonistas: Jim McKenna, o homem que sofria de câncer na garganta; dois "magos" modernos, O. Cal Simonton, um jovem médico residente que acabara de cumprir seu estágio, especializando-se em cancerologia, e Stephanie Matthews, psicóloga voltada ao aconselhamento de motivação, que mais tarde tomou-se a Sra. Simonton; como coadjuvantes, os médicos da faculdade de medicina do Estado do Oregon, EUA, adeptos da radioterapia como o tratamento mais eficaz no combate à doença. 


 O "Método Simonton", tal como tornou-se conhecido, é o registro mais respeitado de que se tem notícia acerca da remissão e cura do câncer com a ajuda efetiva do poder da mente para o restabelecimento do equilíbrio e perfeito funcionamento do corpo. Ao longo das últimas décadas, centenas de casos foram documentados ilustrando a teoria na prática. A eficácia é ainda maior quando os pacientes envolvidos são crianças.


 A história que narramos há pouco não termina por aí: com o uso da visualização como método de cura, Jim McKenna conseguiu também vencer a artrite e pasmem! até mesmo um caso de impotência ~ sexual... de origem psicológica!!! Jim demonstrou ser um desses raros casos em que a criatura supera o criador, já que o casal Simonton não podia compreender como as células brancas numa alusão "racionalmente" figurativa do sistema imunológico poderiam "absorver" a artrite, uma vez que esta, à luz da medicina, não seria suscetível a esse tipo de defesa do organismo. 


O fato é que Jim "bombardeava" mentalmente os ossos de seus joelhos com uma "tempestade de neve pulsante"; chegando a requintes de delírio criativo, ele visualizou mentalmente que as bordas dos flocos transformavam-se em lixas e "poliam" as pontas artríticas das articulações. A exemplo dos magos antigos, que utilizavam animais e objetos como seus serviçais, Jim pôs seu exército de células brancas em ação e colocou-as a serviço de sua impotência sexual mais uma vez desvinculada de seu sistema imunológico! Intuitivamente, recebeu de seus "soldados" a resposta de que nada havia de errado com ele e foi então capaz de ter e manter uma ereção. Seu relato deixou Carl e Stephanie boquiabertos; a classe médica torcia o nariz, fingindo ignorar as evidências. 


 O sr. McKenna viveu por mais nove anos após experimentar os efeitos benéficos da visualização antecedida por um estado agradável de relaxamento, que induz à meditação. Por pouco que possa parecer, para um homem desenganado, ele ganhou uma sobrevida de 15%... Segundo suas declarações, foram os melhores anos de sua vida. Jim havia aprendido muito sobre si mesmo e seu relacionamento com as pessoas através da doença, tomando-se grato a ela. Doutores de corpos e de almas, assim deveriam ser todos aqueles que abraçam a medicina como profissão. 


Desde que o mundo é mundo, a ciência busca uma visão holística do homem. Registros podem ser encontrados nos manuscritos chineses do Imperador Amarelo; na Grécia de Hipócrates; nas tradições xamânicas das tribos primitivas. Do Oriente ao Ocidente, ao longo de todas as eras, sempre houve cientistas das mais diversas tradições que consideravam a cura do espírito como condição básica para restabelecer o perfeito funcionamento do corpo físico. 


Por que, então essa fixação do enfoque holístico como um produto da Nova tra vindoura? Afinal, o que há de novo no presente e no futuro próximo de nossa civilização? O homem é um animal muito antigo. O que se fez, com o auxílio da inteligência e do raciocínio, foi dissipar, pouco a pouco, a névoa da ignorância que nos impedia de responder à primeira e mais angustiante das questões: "quem sou eu?" 


A capacidade de cultivar e distinguir sentimentos fez o homem desconfiar que havia algo além da matéria, alguma coisa impalpável que também podia adoecer. Não por acaso os xamãs exerciam as funções de curandeiros, líderes religiosos e conselheiros; representavam, a um só tempo, a medicina, a religião e a sabedoria, numa alusão à tríade corpo, espírito e mente. 


 A tradição ocidental cuidou de segmentar o homem em três facções distintas. Subitamente o corpo passou a ser apontado como causa/feito do pecado original; o mundo das idéias que disparou esse processo recebeu também seu rótulo e passou a ser tratado como uma espécie de organismo à parte; a espiritualidade, essência fluida e pura, parecia não caber naquele contingente de carne, ossos e miolos, escapando à prisão desse templo conspurcado para ir de encontro ao Criador invisível, decerto feito apenas daquela matéria indelével. O espírito, nosso único elo de ligação com Deus. 


O corpo tornou-se o espaço da culpa e da vergonha. Ocultado sob vestes, foi flagelado, maltratado e crucificado no caminho da salvação. Uma reles armadura, um mero suporte que alojava a consciência e, quem sabe, a alma; tratado como objeto, os cientistas desdobraram-se em pesquisas acerca de seu funcionamento. O corpo virou máquina.


 A humanidade foi conquistando novos espaços por terra e mar, expandindo sua consciência lógica e matemática, valorizando mais e mais a matéria. O pensamento cartesiano dominante permitiu que cientistas ilustres dissecassem os corpos de seus semelhantes buscando conceber um simplificado e eficaz "manual de funcionamento". 


Amontoados de ossos, montanhas de músculos, fluidos, válvulas, engrenagens, tudo foi cuidadosamente pesquisado e anotado. A partir daí, os hospitais tornaram-se oficinas de assistência técnica (não muito) especializada. Buscamos hoje com ardor o aspecto sagrado do homem; queremos voltar, senão à inocência, à pureza do momento da concepção de nossa espécie. A idéia de que somos não uma parte da criação, mas um microcosmo que contém em si a perfeição, alenta nosso sofrimento, ameniza nossa ignorância, permite-nos aceitar nossas fraquezas e imperfeições. 


Assim como o macrocosmo, vamos girando sempre, acompanhando a dança universal que nos desafia a cada instante com suas mudanças. Somos terra, corpo, matéria; somos ar, mente, idéias; somos fogo, paixão, criação; somos água, emoção, maleabilidade. Também somos éter, espírito, alma. Somos um embrião de Deus em constante e infinito desenvolvimento.


 Exatamente porque estamos em incessante mutação, nos desequilibramos em alguns momentos de nossas vidas. Do desequilíbrio surge a doença e muitas vezes nos revoltamos contra ela, acreditando que um sintoma possa ter surgido "do nada". De acordo com este raciocínio, a doença é, pois, inevitável. 


A maneira de encará-la é que faz a diferença.. Estamos habituados a considerar estado de saúde a ausência de doença física, mas enquanto envenenamos nossas mentes com emoções negativas estamos também plantando em nossa corpos uma pequenina semente do mal. Essas sementes migram com facilidade; elas nos chegam através do vento, das palavras pronunciadas por alguém com intenções maldosas; ou através de um noticiário que exibe tragédias humanas como se fossem filmes de ficção; ou ainda são criadas por nossos próprios medos e insatisfações. Se passamos a comentar o fato, se ficamos remoendo dentro de nós esses pequenos flagelos, estamos alimentando o embrião da maldade, fortalecendo e deixando que suas raízes se aprofundem: caso contrário, nossas defesas cuidam de revolver a terra e deixar que elas simplesmente sequem à luz da razão, sem que tenhamos de empenhar muitos esforços para tanto.


 O estado de saúde depende muito de nossas atitudes: se fazemos da doença um de nossos assuntos favoritos, ela se torna uma companheira inseparável e então corrompemos a sabedoria popular acreditando que ''antes mal acompanhados do que sós : mas se assumimos nossa responsabilidade acerca do estado de doença. reforçamos o time dos "mocinhos" e fortalecemos nossas defesas, certos de que, tal como nos filmes de faroeste, o bem sempre vence no final. Toda cura é autocura. 


Conflitos acerca do seu próprio poder de regeneração tornam as técnicas de harmonização ineficazes, pois mantém você em desequilíbrio constante. Não existe nenhum tipo de terapia, seja holística ou não, eficiente para todas as pessoas, sem distinção, posto que somos seres únicos. Felizmente, já possuimos hoje um arsenal bastante diversificado para enfrentar todo tipo de mal. Terapias avançadas se preocupam mm apenas com anatomia e fisiologia, mas também com processo mentais e espiritualidade. 


Na Inglaterra, cerca de 5 mil curadores holísticos trabalham lado a lado com médicos tradicionais nos hospitais, alcançando resultados surpreendentes. Mas, conto bem disse Richard Bandler, um dos criadores da Programação Neurolingüística (PNL), tudo o que se fala por aí é mentira. Só poderemos saber se um tratamento é bom - portanto verdadeiro - para nós se nos dispusermos a experimentá-lo. Não há a verdade que se ouviu falar, apenas a que experenciamos. E que haja por trás dessa experiência um ato consciente e responsável: já vi muitos adeptos de carteirinha da Nova Era se submetendo às mais estranhas terapias, até mesmo sem necessidade, para ver "como funciona". 


Os florais de Bach, por exemplo, quando lançados no Brasil, mais pareciam remédio caseiro vendido em praça pública por camelô, que trata de enxaqueca a frieira com a mesma eficácia. Cabe aqui um alerta: qualquer medicamento, por mais inócuo, e qualquer terapia, por mais inofensiva que pareçam, servem apenas para quem está doente. Senão acontece como a mulher que, de tanto tomar aspirina para prevenir a enxaqueca, não obtinha alívio quando a dor realmente aparecia... Cabeça no lugar, espírito em dia, corpo sadio. 


Qualquer pequeno deslize pode logo ser detectado e combatido, quando somos 100% responsáveis por nós. Os sintomas nos oferecem a oportunidade de exercitar escolhas e nos apontam o que é prioritário em nossas vidas num dado momento. São comuns os casos de pessoas que só "se deram um tempo" quando se viram prostradas num leito de hospital, sem opção a não ser repousar ou morrer. 


Quantos não abandonam o cigarro somente após o diagnóstico (revisado por uns três médicos diferentes) de enfisema pulmonar; ou deixam a bebida somente depois de instalada a cirrose. Se você persiste no erro, deixando que "a vida", "o destino" e outras baboseiras do gênero decidam por você, chega um momento em que só há um caminho a seguir - geralmente o do hospital, seguido pelo cortejo ao cemitério... A PNL, através de uma ramificação denominada Linha do Tempo, trouxe também a sua contribuição para que meditemos acerca dessa saúde perfeitamente responsável, que é a tônica do novo homem da Nova Era. 


Ela afirma que programamos a nossa morte, quase sempre de maneira inconsciente. E como se, ao atingirmos a idade em que nos tornamos responsáveis - assumidamente ou não - por nossos destinos, um cronômetro biológico disparasse na direção de zerar, de acordo com o tempo ali programado. Se acreditamos que viver 60 anos é suficiente, esse relógio interior vai cuidando de exaurir nossas energias proporcionalmente, dia após dia, para que, chegada a "hora do adeus", exalemos nosso último suspiro. 


Mas se você, aos 59 anos e oito meses, conhece o grande amor de sua vida; ou ganha na loteria e resolve dar a volta ao mundo; ou decide que quer conhecer pessoalmente seus tataranetos e para isso precisa viver mais 20 anos, no mínimo, aí o relógio vai ter de fazer mágica para que a energia acumulada para os derradeiros quatro meses que lhe restariam possa durar por mais uma década... É claro que não apenas quantidade, mas acima de tudo qualidade de vida é fundamental. 


Quem acredita que é preciso apenas viver a todo custo, submetendo-se eternamente a tratamentos ou remédios sem tentar qualquer outra alternativa, persiste no desequilíbrio, uma vez que não existe vida terrena "para sempre" e a morte é certa. Deixar-se escravizar por um método ou medicamento que você acredita ser "o único" não lhe garante estado de saúde, mas de doença controlada. Por isso, dê tempo ao tempo. Saboreie a vida devagar, como uma fina iguaria; projete o futuro e exercite-se para chegar lá apreciando o presente.


 Quem vive a ansiedade do amanhã perde hoje as melhores oportunidades. Use sua mente com criatividade em favor do seu desenvolvimento espiritual e do perfeito funcionamento do seu físico. Antes de acreditar no que lhe digo, experimente. Perceba o que seu corpo lhe diz após um ataque de raiva; e como ele se comporta depois de uma boa sessão de gargalhadas; observe a diferença. É ele quem sabe e mais ninguém. Toda cura é autocura. Todo progresso exterior é resultante do crescimento interior que transcendeu os limites da matéria. 


E se a perfeição começa aí, bem dentro de você, não há ninguém que possa criá-la ou cultivá-la por você. Seu microcosmo reflete o macrocosmo e viceversa. A sua saúde é também a saúde do mundo. Exercite-se, cuide-se, ouse. Faça suas escolhas usando o vasto cardápio disponível no momento, como este que Planeta Nova Era lhe oferece aqui.

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